sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Conclusão?

Será esta, de facto, a fase de conclusão deste e-portfolio? Talvez... mas que ficou o interesse pela actividade bloguista, isso ficou!
No entanto, o propósito de criação deste blogue está prestes a cumprir-se: ser repositório do percurso realizado em MD&S, das nossa reflexões, das destrezas desenvolvidas, da compreensão um pouco mais formada do mundo digital e da percepção um pouco mais desenvolvida do mundo em que se movem os nossos alunos e das suas expectativas... nada que não soubessemos ou intuíssemos, mas é sempre bom relembrar!
Um até breve?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Porquês

Relativamente ao tema dos sites sociais que conclui este ciclo de reflexões, são seleccionadas duas intervenções que, desta feita, não são alvo de qualquer reflexão associada por se considerar que, em si mesmas, são já bastante longas.
As intervenções abordam dois aspectos dos sites sociais considerados importantes: a questão da comunicação não presencial e suas implicações e o problema da segurança que se pode colocar em relação aos utilizadores destas redes sociais, referindo-se "(...) o perigo a que os menores podem estar expostos, se não forem convenientemente "formados" por pais, professores e bibliotecas escolares...”

Socialização em segurança

“O perigo decorrente da exposição na web é bem real e é por essa razão que temos, por exemplo, a Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular, do ME, a promover iniciativas que fomentem um uso "esclarecido, crítico e seguro" da net. (...) [é possível] recorrer ao seu site (tem também secção para pais) para (...) ajudar (...) [na] tentativa de esclarecer os pais. O endereço é www.seguranet.pt/index.php?section=1 ou http://www.seguranet.crie.min-edu.pt/. (...) [é possível] também usar o vídeo alojado no Youtube, da seguranet, o endereço é www.youtube.com/watch?=vH7fN4YvX2NM.”

Socialização on line

“A comunicação medeada por "dispositivos" de comunicação à distância sempre teve as suas óbvias vantagens e desvantagens. Se evita que o aspecto físico, por exemplo, seja visível e, logo, alvo de juízos de valor (terríveis numa época em que os padrões de beleza física são tão difíceis de atingir e de manter... quem consegue competir com modelos esfomeadas/os e perfeitas/os, mesmo se ligeiramente retocadas/os nas fotos?), também não permite uma leitura pragmática (no sentido linguístico) da comunicação. Há aspectos que a medeação não permite que passem entre os intervenientes e, assim, a mensagem passa quase pelo seu valor facial (apesar de alguns aspectos poderem ser "traduzidos" para esta nova situação, como o recurso a maiúsculas, os emoticons...). Isso permite que quem comunica possa controlar muito mais o que quer dizer do que se o estivesse a fazer cara a cara, ou pelo telefone, por exemplo (a inflexão, as hesitações, os olhares, o cortar a intervenção do outro... comunicam sentido). Comunicar por carta (forma que já pertence à arqueologia da comunicação... Quem ainda escreve cartas hoje em dia?), por exemplo, também enferma de alguns aspectos apontados à comunicação via SNS, mas, como o grau de socialização conseguido não é tão elevado, a exposição do sujeito tende a ser menor, além de que, por norma, correspondemo-nos com quem conhecemos bem (ou com quem estamos a conhecer mas que por norma está longe!)...
Em síntese, animais sociais como somos, fomos usando os vários avanços tecnológicos em benefício da facilidade de comunicação com o outro, na expectável tentativa de criar e manter redes sociais que satisfaçam a nossa necessidade de nos sabermos acompanhados, de partilharmos afinidades e de sermos reconhecidos como importantes para o outro. Resta que as possibilidades de convívio sejam geridas com espírito crítico e alguma precaução.”

Porquês

Foram seleccionadas as duas intervenções seguintes, no tocante à construção da identidade social, neste caso com especial incidência nos meios de comunicação móveis, dado serem as que permitem abordar e debater duas vertentes importantes da utilização do telemóvel: a da comunicação com fins sociais e a da utilização de funcionalidades do equipamento para guardar e difundir produtos da actividade intelectual de terceiros.
Claro que há contornos ainda mais "negros" para a utilização das funcionalidades do telemóvel (e dos computadores). É dessa forma que surge o ciberbullying, por exemplo, com a difusão de pequenos vídeos e de fotos... Nada a que o ser humano não se dedicasse já! Agora tem, porém, a possibilidade de poder "destilar o seu veneno" de forma mais abrangente e mais rápida... Longe vão os tempos da maçã da rainha má enviada em cesta decorada com esmero a uma só pessoa!

Propriedade intelectual?!

“Quando referes que os jovens "pirateiam cenas do filme com o telemóvel" tocamos num aspecto que me parece ser bastante importante (...). O facto de os jovens se apropriarem com enorme à vontade da propriedade intelectual de terceiros, muitas vezes assumindo-a como sua, não indicando, portanto, os devidos créditos é algo preocupante, pela falta de ética inerente a tal prática. Como resolver essa situação e explicar que o facto de algo estar disponível não significa que possa ser saqueado com enorme displicência? Talvez a escola tenha um papel a assumir aí e a família idem...”

É evidente que o facto de "tudo estar ao alcance de um clique", não havendo a preocupação constante de educar para uma utilização ética dos conteúdos disponibilizados, nem existindo, na verdade, mecanismos de controlo eficazes, resulta em plágios múltiplos e constantes, no piratear de filmes, de músicas...
Também é certo que os jovens colocam ao alcance de todos e abertos à livre utilização os conteúdos que produzem, alguns deles com enorme interesse e riqueza criativa! Trata-se, portanto, de uma nova maneira de fazer as coisas que alguns grupos musicais, por exemplo, já reconhecem como válida, disponibilizando, por essa razão, as suas músicas na web e assim contrariando, também, as produtoras discográficas e obrigando ao desenhar de novas relações neste domínio. Estamos a assistir a uma possível redefinição da abrangência do conceito de autoria e à necessária revisão dos direitos de autor que não pode, contudo, espelhar uma completa falta de ética... Mais uma vez, talvez (por certo) a escola tenha (tem) um papel a assumir aí e a família idem...

Media digitais

As novas tecnologias, como se vem dizendo até à exaustão, abrem um universo de possibilidades (de trabalho, de investigação, de lazer...), sendo comum a todas elas a questão do "pôr em conexão", de forma imediata ou diferida. O telémovel, como dispositivo de comunicação síncrona, ganhou uma relevância tal, em grande medida graças à sua portabilidade, que captou o interesse e fidelizou desde os mais idosos aos mais novos, dos mais ricos aos mais pobres, dos mais cultos aos culturalmente mais desfavorecidos. É uma forma de comunicação que acabou por se afirmar transversalmente em muitas sociedades e que, concomitantemente, tem vindo a oferecer cada vez mais serviços.

"A tecnologia dita ou molda processos de socialização e de construção de identidade. Os meus pais não tiveram telefone à disposição na adolescência, as filhas já o tiveram e os netos são "cidadãos virtuais do mundo"."

Nos jovens, o uso do telemóvel assume contornos muito específicos, sendo que o factor mais importante é o da socialização, a possibilidade de estar sempre em contacto com a sua rede social, alimentando-a e alargando-a. Actualmente, muitos telemóveis funcionam já como MP3 e é muito comum ver jovens partilharem os "phones" do respectivo telemóvel, fazendo lembrar modernos e tecnológicos siameses...
A comunicação via telemóvel (sms, toques e chamadas de voz), o Messenger, as salas de chat, os sites sociais... são facilidades que a tecnologia põe à disposição, que os jovens usam com enorme destreza (ainda que por vezes não explorem todas as potencialidades) e que, nos nossos dias, são determinantes nos processos de construção da identidade.