sábado, 31 de janeiro de 2009

Porquês

Em relação ao tema "Construção de glossário", a selecção das intervenções foi a um tempo fácil e difícil. O não haver muitas opções facilita a escolha, dificulta, porém, a abordagem subsequente, pelas restrições que impõe. Por essa razão, optou-se por fazer uma abordagem mais informativa e de divulgação de algumas pesquisas feitas, sem procurar ser exaustiva... por não ser esse o espírito subjacente a este trabalho final...

Construção de glossários

Ainda relativamente aos glossários, as plataformas de e-learning, por exemplo, têm precisamente uma ferramenta glossário, como todos sabemos, que tem potencialidades interessantes. Podemos extravazar o propósito inicial dessa ferramenta, levá-la um pouco mais longo no processo de ensino e de aprendizagem e de organização e disponibilização da informação nas BE, e fazer uma utilização do género da que temos feito e que vos deixo para poderem consultar em:

http://agccucujaes-m.ccems.pt/mod/glossary/view.php?id=5456

COBRA (recurso destinado a ser usado por alunos no estudo que vão realizar para as várias disciplinas. Trata-se de links para páginas web previamente analisadas pelos professores, garantindo o interesse do conteúdo);

http://agccucujaes-m.ccems.pt/mod/glossary/view.php?id=5458

INOVE (recurso destinado a ser usado por professores no trabalho que vão realizar para as várias disciplinas. Trata-se de links para páginas web previamente analisadas pela BE, garantindo o interesse do conteúdo).

Para além destas hipóteses de trabalho, há ainda, como é evidente, glossários que podem ser muito úteis, como o de:

termos biblioteconómicos, em http://www.ipleiria.pt/portal/sdoc?p_id=96901;

sendo ainda possível aceder a, por exemplo, o glossário europeu de educação em http://www.estatisticas.gpeari.mctes.pt/index.php?idc=29&idi=171933

Em termos de formato, os glossários podem aparecer com uma estrutura mais tradicional, seguindo uma ordenação alfabética dos termos a que se associa a respectiva explicação, ou podem assumir a forma de termos com “(...) definições que surgem com palavras-chave ou com outro tipo de informação para além da definição.”, facilidade normalmente proporcionada por plataformas em que a ferramenta glossário está disponível.
Em todo o caso, a questão que subsiste é a possibilidade de usar este recurso no processo de ensino e de aprendizagem, ensinando os alunos a pesquisar, a ordenar, a sintetizar a informação... permitindo-lhes fazê-lo digitalmente!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sabia que...

Numa comunicação medeada, é frequente o recurso a formas de rapidamente expressar as ideias (escrita abreviada) ou emoções (emoticons), no que acabaram por se tornar importantes e reconhecíveis sinais da cultura digital!
Entre as representações gráficas mais comuns encontramos:

:-/ Com dúvidas
8-O Assustado
#-) Cansado
%- Confuso
8-) Feliz de olhos arregalados
:'( A chorar
:-O Espantado
[B-]= Frankenstein
:-P Língua de fora
3:-) Pessoa com cabelo encaracolado
@:-) Pessoa com cabelo ondulado
(*]:-) Polícia

"Em 1982, as BBS - precursoras dos actuais fóruns de discussão - estavam em plena voga.Muitas das mensagens apresentavam um tom humorístico, mas nem todos compreendiam o sarcasmo nelas contido. Para acabar com as intermináveis discussões originadas por estes mal-entendidos, o professor Scott E. Fahlman, da Universidade Carnegie Mellon, propôs a utilização dos caracteres :-) e :-( para atribuir a conotação correcta às opiniões expressadas."
(http://www.maxideia.com/pt_pt/maxcontent/documento/10118/edicoes-dicionario-digital/sabia-que-o-smiley-celebrou-25-anos-/)

Elucidários

Com uma primeira realização datada de 1713, o vocábulo "glossário", entre outros significados, tem o de "conjunto de termos de uma área do conhecimento e os seus significados", além de, também, "dicionário de palavras de sentido obscuro ou pouco conhecido; elucidário".
Na verdade, com o boom tecnológico e a recorrente emersão de novas possibilidades oferecidas pelas TIC, a dada altura justifica-se, para efeitos de elucidação, a reunião dos termos usados para nomear e descrever esta realidade específica... por vezes bastante obscuros para a maior parte do público que se assume como um utilizador de média ou baixa frequência das novas tecnologias ou mesmo para alguns utilizadores muito regulares mas menos "cultos".
Todas as áreas do conhecimento entretêm um vocabulário muito específico e este domínio do saber não é excepção. Às bibliotecas escolares cabe também o papel de promover uma utilização culta e esclarecida das TIC e de desenvolver projectos nesse sentido. Daí que:

“Tendo em consideração alguns projectos a decorrer na minha BE, [tenha optado por abordar temas como] Ciberbullying, Digital Literacy, Instant Messaging, Intellectual Property e Photo-Sharing Services.”

Como apontamento sobre o importante papel das BE neste âmbito, fica uma possível definição de literacia digital

“The ability to use digital technology, communication tools and networks efficiently and ethically to locate, evaluate, use and create information.”
(http://literaciadigital.blogspot.com/2008/06/melhor-definio-de-literacia-digital.html)

A dimensão ética da utilização das tecnologias digitais é, sem sombra de dúvidas, uma questão premente à qual voltaremos ainda neste blog. A avaliação, o uso eficaz e a criação de nova informação implica que o utilizador seja capaz de pensar, de exercer a sua capacidade analítica e crítica, que consiga fazer opções fundamentadas... O que nos pedem os 16 nativos digitais?

Temos projectos na BE a decorrer em torno da comunicação digital, do acesso e do uso da informação, da necessidade de respeitar a propriedade intelectual e da absoluta necessidade de respeitar o outro, ainda que seja fácil "persegui-lo" com um simples clique...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Porquês

A temer apenas temos a ignorância...
O medo das novas tecnologias na educação é uma falsa questão apenas alimentada por quem não as domina e, sim, tem medo de perder controlo sobre a situação de aprendizagem e de expor as suas fragilidades, colocando-se numa situação de suposta inferioridade em relação aos alunos.
As novas tecnologias vieram para ficar e não há "esc" possível!

Como diziam "os verdes"... "O e-mundo veio para ficar… E novas formas de ser, estar e fazer vão-se desenvolvendo… Seja bem-vindo!"

Ainda que sem grandes possibilidades de optar por outras, as citações seleccionadas denotam uma forte opinião pessoal, isto é, a necessidade de não sermos "velhos do Restelo" e de admitirmos que: a) as novas tecnologias em si são excelentes. Como tudo, podem ser bem e mal usadas, cabendo-nos a nós, professores bibliotecários, um papel importante a desempenhar; b) o perfil dos alunos mudou irremediavelmente e os desafios que as bibliotecas e os professores enfrentam são diferentes, em constante mudança e actualização; c) as exigências da sociedade são distintas das das últimas décadas e estão em mutação, sendo necessário preparar os alunos para o futuro...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Educação e tecnologia

Alunos digitais

"Nativos digitais", os jovens actuais são, como eles bem dizem, "alunos digitais". À questão tantas vezes levantada pelos "imigrantes digitais" sobre a elevada capacidade que os "gadgets" tecnológicos têm de interessar os jovens, fazendo-os desviar do percurso da aprendizagem para o da utilização dos equipamentos pelo prazer de o fazer, imperando o carácter lúdico, ou pelo menos muito pouco produtivo em termos académicos ortodoxos, diria, como já o fiz, que:

“Não creio que, passado o deslumbramento com um recurso novo (…) a atitude que subsista seja a de cultivar o recurso pelo recurso. Desde logo, no que interessa aos nossos alunos, rapidamente se tornam hábeis a procurar informação, depois, se estimulados, em breve perceberão que ainda necessitam de algumas competências que não se esgotam nas que habitualmente dominam [as tecnológicas].”

Como indicam os 16 nativos digitais do vídeo "A vision of K-12 students today", a realidade do mundo dos jovens, quando forem adultos, estará desfasada do que a escola lhes está a ensinar, baseada nas realidades do século passado... É preciso que a escola os ensine a pensar... a funcionar em qualquer contexto porque têm o que é preciso para tal... sabem usar ferramentas sofisticadas e sabem fazê-lo de forma produtiva e adaptativa...

Repensar os processos de ensino e de aprendizagem

O tempo da sala de aula fechada ao mundo e centrada no manual e no professor já passou, embora muitos professores ainda não tenham percebido que continuam a trabalhar sobre um modelo moribundo.
Ser capaz de pensar, analisar, procurar, seleccionar, reflectir, criticar, questionar, refutar… estas são as operações mentais que devem ser promovidas e, nesse campo, as novas tecnologias podem ser um aliado poderosíssimo pelo universo de possibilidades de trabalho criativo, intenso e absorvente que se nos abrem, pela imensidade de informação disponível e pela hipótese de estar a um clique de trocar ideias com colegas, parceiros, pares do outro lado do mundo...

E se os ouvíssemos?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Nativos digitais e imigrantes digitais

"Há aspectos essenciais que caracterizam o estudante digital..."

Com esta frase de abertura deste espaço de e-reflexão em torno da temática dos nativos e dos imigrantes digitais pretende-se tão só , pelo seu carácter genérico e abrangente, embora focado no "estudante", estabelecer um ponto de partida...